Com uma motivação que se renova constantemente, ao longo desses sete anos o Cine.Ema já foi palco de diversas discussões ambientais, centenas de curtas-metragens inscritos, dezenas de empregos gerados e diversas obras premiadas, para não falar das várias oficinas, seminários e ações implementadas junto às comunidades.
E se isso já não fosse mais que o suficiente, o festival ainda colecionou muitas lembranças afetivas e momentos de aprendizados marcantes, que ficaram registrados em fotografias, textos e na memória de todos que por ele passaram integrando a equipe de produção ou sendo contemplados com as ações.
Resgatamos aqui um pouco desse sentimento ano a ano e deixamos alguns registros.
Frente à pandemia provocada pela disseminação da Covid-19, O Cine.Ema se reinventa, e mostra que é possível continuar criando histórias e fazendo arte. É preciso migrar totalmente para as plataformas digitais com mostras de cinema online, abandonando, por hora, as atividades presenciais, para focar na segurança das pessoas, o nosso maior patrimônio.
Com esse pensamento em um momento tão delicado, onde o sentimento de coletivo e preservação da vida deve ser o mote das nossas decisões, a edição de 2020 não poderia trazer um tema diferente. “A natureza sou eu”, traz a proposta de um olhar sobre a natureza enquanto essência de todo ser vivo e, por isso, uma responsabilidade compartilhada.
E como forma de investir os recursos para fomentar o setor artístico e ofertar atividades para estudantes que deixaram de frequentar as escolas por causa da pandemia, a edição investe em premiações e cachês para as obras vencedoras das mostras, além da realização de um concurso cultural para a comunidade escolar das Montanhas Capixabas com premiações para estudantes, professores e escolas mais participativas.
Para as mostras de cinema, foram selecionados 18 curtas-metragens. A mostra competitiva contou com 14 obras dos gêneros ficção, animação e documentários, e a não competitiva Cine.Eminha, que difunde filmes ambientais para crianças de 8 a 13 anos, contou com quatro títulos que representam três estados brasileiros: Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro.
Entrega de prêmios nas escolas
Entrega de prêmios nas escolas
Entrega de prêmios nas escolas
Em 2019, o Cine.Ema – Festival Nacional de Cinema Ambiental do Espírito Santo tematiza a voz e os sons da natureza a partir do tema “A Floresta que fala”. Embalado pelo cenário bucólico do criativo distrito de Burarama, o evento evoca as memórias individuais e coletivas do contato com as árvores, os sons da mata e a observação de pássaros.
Além da sala de cinema montada ao ar livre na praça, a 5ª edição contou ainda com uma programação de shows musicais, sete oficinas culturais ambientais, três painéis reflexivos, teatro e outras atividades educativas divididos em duas localidades do Espírito Santo: a vila de Burarama, onde o evento acontece desde 2015 e a Reserva Ambiental Águia Branca, no município de Vargem Alta, onde o projeto é realizado desde 2018.
Para as mostras de cinema, foram inscritos 139 curtas-metragens e selecionados 19. A mostra competitiva contou com 11 obras dos gêneros ficção, animação e documentários, que representaram nove estados brasileiros: Espírito Santo, Amazonas, Pernambuco, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Paraíba.
Já a mostra Cine.Eminha, que difunde filmes ambientais para crianças de 8 a 13 anos, conta com quatro títulos que representam três estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Uma novidade trazida pela edição, é a realização da 1ª Mostra Mulheres, que evidencia a força e o lugar do feminino na relação com a natureza e o audiovisual. Foram selecionadas quatro obras dirigidas por mulheres de regiões como Pernambuco, Espírito Santo, Pará e Colômbia.
Mostra de Cinema
Atividade de produção de vídeo por adolescentes
Prêmio Reserva
Adolescentes participantes de atividades educativas
Oficina de Observação de Pássaros
Cerimônia de premiação
Evento na Reserva Águia Branca
Brincando com a cantiga popular, a quarta edição do Cine.Ema convida as crianças de todos nós a se despertarem, evocando a memória das árvores, matas e verdes que ocupam o imaginário afetivo das nossas infâncias.
Nos quintais, pomares, ruas e bairros por onde andamos, cadê as árvores onde nos abrigamos do sol? Cadê as árvores de cujos frutos aproveitamos? As árvores que embalam as canções, brincadeiras e conversas? As árvores que escalamos? Cadê essas árvores dentro de nós? Será que elas existem e resistem ao tempo e à ação humana?
Valendo-se do cinema como um grande condutor nessa aventura de resgates e descobertas, em 2018, o evento pauta a necessidade da relação entre criança e natureza e estreia a Mostra Cine.Eminha com filmes de temática ambiental para os pequenos.
Neste ano, nossa Ema também ganha novos ares, e são realizadas atividades educativas divididas em duas localidades do Espírito Santo: a vila de Burarama, onde o evento acontece desde 2015 e na Reserva Ambiental Águia Branca, no município de Vargem Alta.
Além disso, conta com uma mostra especial dedicada a Orlando Bonfim, o primeiro cineasta a registrar sistematicamente, a partir da década de 1970, aspectos da cultura do Espírito Santo em documentários que se tornaram peças valiosas do patrimônio histórico e da cinematografia capixabas.
Oficina de Observação de Pássaros. Créditos: Leonardo Merçon
Entrada da Mostra de Cinema. Créditos: Jow Rodd
Papo Nique. Créditos: Jow Rodd
Troféu Sino. Créditos: Jow Rodd
Cerimônia de premiação. Créditos: Jow Rodd
Cerimônia de premiação. Créditos: Leonardo Merçon
Em sua 3ª edição, o Festival Cine.Ema convidou os participantes a encontrar a origem da água e a se perguntar: de onde ela vem? De onde vem o rio? E quais são as suas memórias das águas? Dos riachos, cachoeiras e córregos? Como ela surge e como manter sua fonte de vida?
Nessa jornada, o Cine.Ema chega doce como as águas do rio, propondo um mergulho nas lembranças que marcam a memória das comunidades, mas também, na investigação da origem e na preservação das nascentes.
A partir do tema “Memória das Águas – De onde vem a água do rio?”, a edição de 2017 une educação e arte para refletir sobre a recuperação dos recursos hídricos. Os debates e ações são marcados pela sensibilização sobre o uso sustentável desse recurso que é patrimônio da humanidade.
Para as mostras de cinema, a curadoria, composta por Léo Merçon, Ilka Westermeyer e Roberta C. Fassarella, avaliou cerca de 100 obras cinematográficas de todo o Brasil. Foram selecionadas 15 nas categorias de ficção, animação e documentário dos Estados do Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Distrito Federal e Pernambuco.
Os filmes premiados na mostra competitiva audiovisual recebem o troféu “Sino de ouro” de melhor produção e participam da programação do festival. São realizados shows musicais de grupos locais e regionais que potencializam as atividades do evento.
Ação educativa com adolescentes. Créditos: Leonardo Merçon
Mostra de Cinema. Créditos: LeonardoMerçon
Palco da cerimônia de premiação. Créditos: LeonardoMerçon
Cerimônia de premiação. Créditos: LeonardoMerçon
Oficina de observação de passaros. Créditos: LeonardoMerçon
Seminário Ambiental. Créditos: LeonardoMerçon
Papo Nique. Créditos: Leonardo Merçon
A segunda edição do Cine.Ema convidou os participantes a enaltecer as belezas do distrito de Burarama com as paisagens verdes que envolve toda a comunidade, e a conhecerem as aves do sul do estado.
A temática “Aves de Burarama” chega para refletir sobre a importância das aves para um ecossistema saudável e agregar ao símbolo do festival, a Pedra da Ema. Embora não tenham Emas na região, a pedra leva este nome por estampar em sua superfície a figura da ave.
Como parte da programação, a realização da oficina de fotografia e observação de aves alcançou os participantes de uma forma única, os levando para mergulharem no universo dos passarinhos em incursões de fotografia na mata, que trabalharam a percepção visual com o objetivo de fotografar diferentes espécies de pássaros nas matas do Espírito Santo.
Além disso, todo o circuito foi pensado em ações de empreendedorismo, produção cultural e cinema ambiental tendo como foco o incentivo para que os habitantes sejam os responsáveis pela transformação do distrito em celeiro de criatividade e referência turística no sul do estado.
Para as mostras de filmes, foram inscritas 53 obras nas categorias ficção, documentário e animação, com temas prioritariamente focados em meio ambiente e sustentabilidade e selecionadas 17. Os vencedores foram premiados em cada categoria com o Troféu “Burarama”, além do prêmio de votação popular.
Ação com a comunidade
Ação com a comunidade
Ação com adolescentes
Ação educativa com crianças
Ação educativa com crianças
Oficina de fotografia
Oficina de observação de passaros
Papo Nique
Pintura de muro
Roda de Passarinho
A instalação de um telão na praça José Gava, marca a primeira mostra de curtas-metragens do Cine.Ema em Burarama, um momento inédito onde a paisagem bucólica da região se funde a 7ª arte para discutir cinema ambiental.
Com o tema “Águas e Florestas do Espírito Santo”, a edição faz um chamado todo especial aos habitantes, propondo uma reflexão única sobre a preservação das matas e o uso racional da água, de modo a despertar o gostinho pelo audiovisual somado às questões ambientais.
Na tela, os 14 curtas-metragens exibidos na mostra competitiva cumprem o papel determinante relacionando cinema ambiental em obras de ficção, animação e documentário. Há ainda uma mostra paralela, com a exibição de um longa rodado no próprio distrito, e realização de oficinas, teatro, shows musicais, entre outros, voltados às crianças e adultos do pequeno povoado.
Cerimônia de premiação
Cerimônia de premiação
Cerimônia de premiação
Coordenador do projeto recebe do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim e da Secretária de Cultura o certificado de aprovação da Lei Rubem Braga
Curta-metragem Kidchup Direção Carolina Veirano e Guilherme Ghussn
Curta-metragem Não custa nada. Direção Edu Pereira
Mostra de cinema na praça
Placa de Burarama
Crédito para foto do banner superior a Jow Rodd